Finalmente acordei suficientemente cedo para poder procurar um computador para escrever, já havia acumulando algumas coisas para dizer, essa vontade despertou cedo.
Em Sines celebra-se e contempla-se, celebra-se a vida, a diferença e a unidade e contempla-se o Sol, a história e o charme das raparigas de férias com o seu ar descomprimido. ( são manadas de mulheres bonitas Eco).
11 horas da manhá, sentado ao da estátua lado ao estátua do Vasco da Gama, com os canhões apontados do castelo para o mar, fico com a sensação de que poderia ver um navio de corsários a invadir o porto de Sines, do tempo em que eles o faziam muitas vezes, e aqueles canhões de ferro fundido, dispararem sobre ele, para defender o nosso reduto.
É fácil imaginar, sentado ao lado desta estátua grande, que está de braços abertos para o mar, como que dizendo, que o mundo é de todos os que nele se queiram aventurar, faz-me pensar no ridículo da expressão "emigrante ilegal", como se antes de mais não fossemos todos pessoas, que vivem em terra de gente.
Em Sines respira-se história marítima, da vontade lusitana de abraçar o mundo por mar.
21 horas, janta-se, comida habilmente perparada pelo chefe Zion, na casa alugada, a refeição é regada com cerveja, super block claro está, há coisas que não se abdicam.
Faz-se a viagem para Porto Covo, uma energia subtil começa a pulsar em mim, é a ansiedade de chegar ao recinto, de ouvir as primeiras notas de música, de deixar o corpo libertar-se.
Aqui celebra-se a vida, a diferença, a tal unidade...deixam de fazer sentido os preconceitos, a animosidade. É impossivel não deixar os sentidos se embriagarem com a bossa nova de Francis Him, ou os solos mirabulantes de Boris Kovac, com as caras sorridentes e interessantes que se amontoam a dançar.
Elas continuam em manada Eco, lindos vultos que passam sobe a forma de fadas, ( fica descansado, já establecemos contacto..:)
Com o passar da madrugada, do néctar dos deuses e de alguns km de dança, a escarpa rochosa virada para o mar convida a que nos sentemos sob aquele tecto de estrelas a ouvir o mar, sossegante a bater nas pedras. Ali, conversa-se com desconhecidos afáveis, unidos pelo fumo quente, ou simplesmente entre nós, e cada um ao mesmo tempo, conversa com o seu mundo, que é do tamanho do mar, ora tumultuoso, ora sereno...
Estou a gostar das férias.
( desculpem a ortografia..só sinha 30 min de net grátis, no centro de artes de Sines, local simpátiico)